quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

sei-te de cor

abracei-te bem junto a mim, pensei que te fosses mexer para te tentares soltar, mas deixaste-te estar. aproveitei os segundos, a pensar que está quase na hora de deixares de ser minha vinte e quatro horas por dia.

sei de cor o teu cheiro desde o momento que te colocaram sobre mim, único. sei o brilho dos teus olhos quando sorris, o choro de fome, o vermelho dos teus olhos após espirrares, os locais preferidos para as cócegas, o doce quente do teu hálito, o choro de sono, o lado preferido para dormir que tentamos contrariar. sei que preferes papa à sopa, mas a verdade é que o melhor continua a ser o leite da mãe, sei qual a tua mama preferida, sei como respiras quando mamas sofregamente, sei quando tens fome apenas q.b. em que antes de puxares o leite pões-te a namorar com o mamilo, sei que quando estás chateada comigo não me olhas e dói-me, mesmo sabendo que o que fiz é para teu bem. sei que gostas de cremes, que gostas que te limpe a cara de manhã, que adoras banho e água (estou tão curiosa por te ver no verão), sei que não te queixas do frio mas chateia-te se te vestimos e despimos e vestimos e... sei que não gostas que te limpe atrás das orelhas, sei que já sabes engolir sozinha mas quando sou eu a dar-te sopa/ papa, fazes manha para te dar a chucha nos intervalos das colheradas. sei que não te ris muito quando temos visitas mas gostas de cuscar pessoas novas, sei que não gostas de dar confiança. sei qual a tua expressão quando estás a gozar connosco, sei que ficas muito quietinha quando coloco um cheiro novo perto do teu nariz, tentando absorver tudo, sei.

não sei de cor todas as coisas que sabes fazer, as várias coisas que aprendes todos os dias após olhos esbugalhados atentos a algo novo.

continua a saber-me de cor.

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