quarta-feira, 30 de julho de 2014

perder ao ganhar

pouco se fala sobre o que se perde quando ganhamos um segundo filho.

as crianças têm direito a esta conversa - ganhar um mano, perder o reino (expressão que sempre odiei), cuidado que eles regridem, dêem muito mimo..

quanto aos pais, não se fala. mais uma vez, somos vistos como estranhos ou maus pais ou demasiadopensador, quando só nos conseguimos focar no menos bom.

sempre soube que vários receios desapareceriam quando visse o S pela primeira vez, acertei. mas o maior sempre foi relacionado com a D - ela vai sentir que a amamos menos? e tê-la pouquinho para mim durante os dias no hospital? ir levá-la à porta do piso, ela ir-se embora com o pai, eu ficar parada, em lágrimas e sem conseguir ir ter com o mano, até que uma auxiliar veio ter comigo e eu nem conseguir falar.

dizem que as crianças encaixam estas coisas muito melhor que os adultos. acredito. e ironicamente, dos pais não se fala. quando se fala é já num outro estado, depressão, neste estado, bastaria ter com quem falar.

multiplicar

e no dia de mudar lençóis das camas, já não é apenas um jogo de uma cama grande.

não sei bem como, tão rapidamente tudo se multiplicou.

é a cama dos papás - que neste momento não têm direito a serem humanos e muito menos casal, apenas papás,

é a cama da D - ainda na de grades, que a de solteira ainda não foi promovida,

é a cama do S - o mini berço, como emplastro no quarto dos papás, mas com um ar super cômodo (não ha-de a D pedir para ir lá dormir!)


terça-feira, 29 de julho de 2014

crescer

apanhar a miúda a dizer frases de nove palavras.

a miúda distrair-se e começar a fazer xixi. de seguida trava e só continua a fazer na sánitá.

sábado, 26 de julho de 2014

fotografias

tentativa desesperada para guardar momentos que temo esquecer. e a maioria nunca serão apanhados pela câmara. a primeira vez que eu e a D fixamos o olhar, o A a desmanchar-se em lágrimas quando soube que o S já tinha nascido. tantos.


sexta-feira, 25 de julho de 2014

medos de uma mãe de dois

se calhar medo é uma palavra forte. mas para o post de hoje, medo é a melhor palavra.

hoje foi (está a ser) a primeiro início de noite sozinha com os dois miúdos. noite significa, hora crítica de comidas e dormidas. a D com 22 meses, o S com 14 dias. a correr bem. muito bem.

parece-me que se fala pouco. no geral. parece que temos sempre medo de admitir que houve momentos difíceis. medo de admitir que tivemos medo. falamos pouco de coisas importantes. admitir que foi difícil, mas conseguimos, algures, ou talvez não - ainda não conseguimos superar algo, ou percebemos que afinal era melhor outra alternativa. ou mesmo que correu mal e desistimos.

apercebi-me que após um filho nascer, é normal haver receios que antes não existia, como conduzir com o new born sozinhos, tomar banho sem outro adulto em casa.

neste momento, após o meu segundo filho nascer, tenho medo da logística sozinha. muito devido aos turnos do A.

quando o A trabalha das 24 às 08h, ficar sozinha durante toda a noite com os dois, ambos acordarem ao mesmo tempo. um acordar o outro. especialmente (e porque o S praticamente não tem dormido à noite com cólicas) se o S acordar repetidamente a D..

quando o A trabalha das 16 às 24h, estar sozinha ao ir buscá-los, tirá-los do carro sozinha (e muito provavelmente a chover torrencialmente), ter a possibilidade de colocar o mais novo num marsúpio, mas se estiver a chover, não sei se isso ajuda ou não, visto que ajudaria muito estar sentada para o colocar no marsúpio. ter de subir um andar de escadas com um ovinho e uma miúda que ainda precisa de dar a mão para subir as escadas (sim, eu sei que eles crescem, mas esta é a realidade actual - e felizmente, já estamos há vários meses a treiná-la a subir e descer escadas). ou subir as escadas com um ao colo e outra na mão, e se ambos adormecerem no carro, ter de acordar a mais velha para subir sozinha. dar banhos sozinha. dar jantar sozinha, todas as rotinas da noite sozinha. RESPIRAR.

o S estava previsto para o final de Julho e como o trabalho do A fecha sempre durante três semanas em Agosto (e obrigatoriamente os trabalhadores têm férias nessa altura), fiquei cerca de nove meses feliz e contente com estarmos cerca de dois meses juntos, a quatro. e eis que o miúdo decide nascer uns dias antes (quase duas semanas), e eis que reparo que este ano, as férias começam na segunda semana completa de Agosto, em vez de ser na primeira. e eis que descubro, tal bomba, que antes das férias, o A ainda tem de ir trabalhar quatro dias, das 24 às 08h da manhã.

o que o mano trouxe à mana

460 gr

passado uma semana da D nascer, tinha exactamente o mesmo peso com que nasceu. enfermeira e médica acharam fantástico por já ter recuperado o peso perdido nos primeiros dias.

passado uma semana do S nascer, tinha mais 140 gr do peso com que nasceu. semana seguinte nova pesagem, mais 460 gr! desde a semana anterior e não desde o nascimento. fiquei parva para o resto do dia. é verdade que o rapaz não me deixa dormir por estar sempre com fome. mas também é verdade que parece estar a aproveitar muito bem cada leite que lhe dou.

afinal.. ainda não me passou. continuo parva com este aumento.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

esquecemos quando o nosso filho cresce

(até que um novo filho nos faz lembrar)

. que afinal é tão fácil cortar unhas a um recém nascido - só temos de esperar que ele se acabe de mexer em momentos inoportunos e depois é só continuar. sem choro como se cortassemos as mãos. sem puxoes que podem provocar que cortemos as mãos.
. que é mau cortar unhas mais finas que folha de papel.
. que acordar só uma vez à noite é espectacular (não me interessa que tem 22 meses).
. que dar banho a um recém nascido é muito rápido.
. que vestir um recém nascido é muito lento
. que é tão bom quando já nos ajudam a vestir (seja por estarem sentados ou por já esticarem os braços).
. que sair de casa com um recém nascido pode levar uma eternidade.
. que sair de casa com um recém nascido até pode ser pacífico.

domingo, 20 de julho de 2014

seis anos

(fora os outros muitos antes)

aturar amar apoiar zangar gritar agitar perdoar viajar aprender ensinar rir muito fazer uma filha fazer um filho estar presente tentar rir de nós. muito mais. e vice versa. sempre.

o pirralhinho com onze dias e irmos calmamente almoçar fora para festejar, a quatro.

e depois ter uns padrinhos que vêm conhecer o miúdo mais novo e nos trazem carinho, tarte de nata caseira (mesmo a minha favorita) e flores! e há momentos que gestos tão simples fazem tanta diferença. obrigado :)


segunda-feira, 14 de julho de 2014

feelings

o pai a sentir-se negligenciar o mais novo. a mãe sentir-se negligenciar a mais velha. saltar lágrimas logo que tocamos o assunto.

brincar com ela sempre que posso, abraca-la muito sempre que me quer. dói.

domingo, 13 de julho de 2014

o nosso S

... chegou :)



o nosso S

já chegou :)


sábado, 12 de julho de 2014

from S to D

o que o S trouxe para a D quando nasceu.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

espelho meu...

damos para a mão um espelho pequeno e acha graça. o pai tira-o da mão,uns segundos depois dá-o outra vez para a mãe tirar foto. aquela imagem gira que queria tentar apanhar, dela a olhar para o espelhinho foi-se. descobriu um maior :)


sábado, 5 de julho de 2014

dormir barriguda

quando foi da miuda, ainda não tinha dez semanas e não conseguia dormir de barriga para baixo, nem sequer num ângulo ali algures entre o de lado e para baixo. agora do miúdo isso também aconteceu, algures durante esta semana, deixei de conseguir dormir nessa posição intermedia, em que em algumas noites acordava ainda toda virada para baixo.

durante a 37° semana! e sim, faço barrigas cedo e grandes.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

a nossa cama

em dias como o de hoje faço a nossa cama de lavado à pressa. falta o lençol de cima (eu sei que há quem faça sempre assim mas ainda não sou completa fã). o nosso edredon está no estendal, já deve estar enxuto mas não tenho coragem sequer de confirmar. estou com muitas dores de costas e no corpo em geral (por algumas loucuras que tenho cometido). o cansaço provoca ainda mais contrações que, apesar de não serem dolorosas, são desconfortaveis, pioram a situação lombar e impedem-me de respirar.
olho para a nossa cama. ainda não limpei o quarto todo após as obras da casa de banho mas a cama está toda limpa, os lençóis a cheirar tão bem a lavado e fresco. nem me dei ao trabalho de deixar tudo composto e prefeito. olho para a nossa cama e vejo-nos lá aos quatro, a dormir, a sonhar, a empurrar o do lado. nunca quisemos esta pedagogia, de cama partilhada entre pais e filhos. aliás, sempre a criticamos e soubemos que não era para nós. mas no que vejo agora, nada disso interessa. olho para a nossa cama e estamos lá os quatro, provavelmente com calor mas muito aconchegados. acordamos com os raios de sol, devagar a espreguiçar a dar beijos e abraços e sorrisos e festas e almofadadas uns aos outros. somos nós quatro, o número com que sonhámos, a família que desejámos e que Deus nos oferece. só falta o S vir cá para fora e mostrar-se a nós para a brincadeira começar.

terça-feira, 1 de julho de 2014

gentil wash

estou em modo lavagem delicada.

- cobertura do maxi cosi cabrio
por descargo de consciência, achei que era melhor primeiro ver como supostamente se retira a forra. confesso que por aqui não foi tão simples e rápido. tanto a cobertura como o tecido que serve como sombra, estão presos a um local perto do círculo que une a asa ao ovinho. foi difícil perceber o sítio exacto que era para desprender. com uma dose extra de paciência, lá se fez.

- cobertura da espreguiçadeira/ cadeira Chicco Polly Magic
so easy to take!

- bonecos da espreguiçadeira/ cadeira Chicco Polly Magic
todos dentro de um saco de lavar roupa delicada.

"Delicados" , 600 de centrifugação , 20º C.

gostos duma miúda de quase quase 22 meses

ai....

apesar de já incentivar a D a escolher e decidir coisas (roupas, etc) e de, ao fim de semana a roupa que veste ser quase sempre escolhida por ela, não é esquisita nem comichosa e quando ela escolhe algo de inverno quando está calor (ou vice versa), basta dizer "está muito calor para esse filha, não dá" e ela vai logo para outro. claro que adoro coisas giras, mas a verdade que sempre dei prioridade ao conforto, e sei que ela sente-se confortável com qualquer roupa que tenha.

portanto, quando lhe visto umas calças super fashion - apesar de estarem um pouco grandes - mas vejo-a a fazer caretas... "qué isto?" e a seguir põe-se em frente ao espelho a puxar as calças todas para cima (parecia já um kilt) e acaba, meia a choramingar, com "mamã, qué vesti outas calxas", claro que lhe troco de calças! :)

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